segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Na casa do meu Pai há muitas moradas. Façam suas reservas!

Para que possamos entender o que aqui se pretende abordar, precisamos ter o cuidado para que o verdadeiro significado das palavras contidas nessa importante parábola de Jesus não seja ditorcida.

É fundamental que nossas mentes e corações estejam abertos e preparados para o entendimento, de modo a não permitir que a verdadeira mensagem do Cristo seja desfocada, pelo que não podemos confundir ciência e filosifia com qualquer religião.

Fique bem claro que o objetivo aqui é trazer algumas informações a cerca do quão grande é o Poder de Deus e reforçar que o seu domínio não é só entre o céu que conhecemos e a terra que habitamos, é bem maior que isso.


Afinal, o que você acha que Jesus quis dizer com a parábola?

Como é de sabença geral, a polêmica sobre a existência ou não de vida fora da terra volta ao nosso cotidiano e desperta a curiosidade da humanidade que busca as respostas já declaradas por meio da intitulada parábola que insinua:

 "Na casa do meu Pai há muitas moradas".

Estamos presenciando várias manifestações de cientistas, filósofos, ufólogos e até mesmo regiliosos de diversas correntes doutrinárias que buscam meios de preparar e esclarecer a humanidade, especialmente a classe religiosa, acerca do real significado das "várias moradas" existentes na Casa do Pai.

Já tomamos conhecimento de que a Igreja Católica, pelo Vaticano, vem se dedicando a encontrar os meios necessários a informar aos seus fiéis e a outros cristãos, o segredo que vem sendo guardado a sete chaves, qual seja: a existência de vida fora da terra, fato que há séculos já foi admitido por várias outras religiões, e somente agora está sendo dado conhecimento ao povo em geral.

É certo que esse tipo de notícia não deve ser dada de supetão, posto que uma grande maioria daqueles que professam a fé cristã, dentre outras, ao longo dos séculos, vêm pautando suas vidas materiais e espirituais baseadas nos dogmas religiosos que já estão sendo desmentidos com a revelação da verdade.

Baseada no Evangélio que vem sendo pregado na maioria das igrejas, grande parte dos cristãos, aguarda ansiosamente pelas promessas de que Jeus voltará e que o Reino dos Céus está próximo e, a medida que a vida na terra está se degradando, muitos querem logo alcançar a vida eterna, embora desconheçam o seu real significado.

Pelo que enuncia a parábola em questão, Jesus Cristo já plantou sua semente em nossos corações ao deixar claro que a todos está garantido o direito de reinar eternamente na Casa do Pai, cujas moradas, certamente, não está aqui nesse Planeta em que vivemos, mas sim fora dele, pelo que se pode concluir que o que está fora da terra é extraterrestre.

Ora, então não há dúvidas de que  há vida fora da terra. Embora alguns possam não estar convencidos, provas existem e o convencimento já está a caminho. Muitos não lembram da resposta dada por Jesus a Pilatos quando disse, in João 18:36-38:

"O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim para que eu não fosse entregue aos Judeus"

Independentemente de religiosidade ou de crença, essa afirmativa de Jesus nos leva ao entendimento de que existe sim outro mundo que não é este em que vivemos aqui na Terra.

Até aqueles que, inadvertidamente, rejeitam a existência de outros mundos; como é o caso da maioria dos cristãos, seja quando rezam o Pai Nosso que estais no Céu, sejam os que em suas orações rogam por bênçãos do Senhor Jesus Cristo que está ao lado do Pai, sejam os que invocam os espíritos para lhes abençoar; acabam reconhecendo que, se suas rezas e orações são dirigidas a quem está em outro mundo (algum lugar no Céu), não se pode negar que esse lugar é fora da Terra. Daí a afirmativa da existência de seres extraterrestres que nos aguardam em algum Reino existente em outro mundo, exatamente lá onde fica a Casa do Pai que é o Reino de Deus.

Então, o que se precisa fazer para alcançar o desejado Reino Eterno? Simplesmente buscá-lo e encontrá-lo em si mesmo, pois como já disse o Cristo, in Mateus 6:38:

"Primeiro devemos procurar edificar o reino de Deus. 38 Portanto, não busqueis as coisas deste mundo, mas buscai primeiro edificar o reino de Deus, e estabelecer a sua retidão, e todas essas coisas vos serão acrescentadas".

Portanto, havemos de considerar que existem várias formas de buscar o Reino de Deus e se harmonizar com Ele, mas precisamos ao menos conhecê-lo e  identificá-lo, dentre os tantos Deuses existentes, afastando-se de alguns conceitos primitivos herdados por teólogos que pregam que Deus é uma espécie de Ditador Celestial que nos vigia de longe para nos premiar com uma boa morada ou nos punir mandando-nos para o inferno.

Várias são as correntes filosóficas que nos possibilita identificar a concepção de Deus à luz das doutrinas Monoteísta, Politeísta, Panteísta e Monista, de modo a nos possibilitar conhecer se o Deus que seguimos é um Deus- Máquina, um Deus-Pessoa ou um Deus-Cósmico.

Nesse sentido, foi Albert Einsten que maravilhosamente descreveu três tipo de concepção de Deus, quais sejam:

1. O Deus-Máquina - aquele conhecido entre os povos mais primitivos.

2. O Deus-Pessoa - aquele professado entre os Hebreus do Antigo Testamento em geral e entre Cristãos de todos os tempos e países.

3. O Deus-Cósmico - aquele professado por alguns poucos místicos avançados, cujos representantes ultrapassam igrejas e teologias e encontram-se esporadicamente entre entre todos os povos e em todas as religiões. 

Albert Einsten enumera entre os seguidores do Deus-Cósmico: um Pagão (Demócrito), um Cristão (Francisco de Assis) e um Hebreu (Spinosa),  dizendo que eles são irmãos na mesma fé. 

Em "O Livro que Revela Deus", de Lao-Tsé (que também alinhava sua crença a um Deus-Cósmico), traduzido pelo filósofo brasileiro Huberto Hohden que, em suas notas preliminares, nos ensina que se os Três Livros Máximos da Humanidade (Bhagavad Gita - 7.000 anos, Tão Te King - 2.600 anos - Evangélio 2.000 anos) fossem conhecidos e vividos pela humanidade, a vida terrestre do homem, em vez de ser um inferno de discórdia, seria um paraíso de harmonia e felicidade.

Como se vê, a Elite Espiritual dos povos orientais e os verdadeiros místicos do ocidente são os representantes mais avançados da cultura espiritual da humanidade. Todos eles professam a idéia do Deus-Cósmico. Não são Politeísta, nem Panteísta, nem Monoteísta. Todos são Monistas Cósmicos.

Enfim, todos os verdadeiros Gênios da Humanidade pensavam e sentiam em termos de Monismo Cósmico, cujo exemplo mais brilhante é Jesus Cristo, cujo Evangélio  orienta a consciência de quase toda a humanidade, há mais de 2.000 anos.

E, então, você que chegou até aqui já se sente em condições de definir qual é o verdadeiro Deus que está seguindo? Se for negativa a resposta, lembre-se do que disse Giordano Bruno:

"Não é fora de nós que devemos procurar a divindade, pois que ela está do nosso lado, ou melhor, em nosso foro interior, mais intimamente em nós do que estamos em nós mesmos."

E, ai ! Você já está preparado para ocupar uma das moradas existente na Casa do Pai?
Que tal fazer a sua reserva?

Sergio A. Nunes


domingo, 3 de dezembro de 2023

Os aspectos dos Deuses na Mitologia, e dos Seres nas Lendas e no Folclore.

Ao longo dos séculos, a Mitologia vem exercendo grande influência cultural por sua colaboração e legado deixado nos campos da arte, da literatura e das ciências em geral, merecendo destaque os estudos teóricos e acadêmicos da astrologia, astronomia, antropologia, Filosofia, psicanálise, física quântica, dentre outros.

Mitologia, Lendas e Folclore

Para que se tenha melhor compreensão do que aqui estamos tratando, é importante que.se faça uma breve distinção sobre o que  se considera mitologia, lenda e folclore, a fim de que se possa identificar quais dessas manifestações culturais mais se alinha ao estudo do que aqui nos propomos.

A Mitologia é considerada a mais fabulosa estória (palavra atualmente grifafa  história, de acordo com a reforma ortográfica de 1943)* contada sobre os Deuses, semideuses, heróis e vilões lendários, perpetuada pela tradução oral, protagonizada por entes mágicos ligados à natureza.
Esses seres mitológicos estão envolvidos na criação e na destruição do mundo, no amor, na fertilidade e nas guerra. São eles que buscam explicar aspectos da condição humana associada a algum povo.

As Lendas, por sua vez, são as estórias (*) fantasiosas de personagens, como santos ou heróis, ou ainda seres sobrenaturais que fazem parte da tradição oral de um povo e as ações por estes praticadas e que adquirem feição fantástica, graças à interpretação popular, cujos fatos por mais exagerados que sejam, seus personagens podem ser reais.

A título de exemplo, podemos lembrar da Lenda do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, em que os personagens existiam, mas é improvável que na época  existisse uma mesa (távola) tão grande para acomodar tantos cavaleiros.

O Folclore se define com um conjunto de manifestações da cultura popular e das tradições de um povo, a exemplo das danças, músicas e crenças que fazem parte de uma nação envolvendo os costumes e as festas populares.

Como exemplos de tais manifestações na riquíssima cultura popular brasileira, temos, o Festival do Boi Bumbá de Parintins, a Mula Sem Cabeça, o Saci Pererê, o Lobisomem,  Iara, Curupira, o Boto Cor de Rosa, Chapuzinho Vermelho, dentre e outros.
Demonstrada a diferença entre Mitologia, Lenda e Folclore, e conhecido alguns personagens mitológicos, lendários e folclóricos, aguardamos a manifestação e a sugestão dos interessados sobre os temas abordados a fim de que possamos apresentar outros temas.

por Sergio A. Nunes

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Os Verdadeiros Gênios da Humanidade são Monistas. Jesus Cristo é o Deus-Cósmico.

A concepção Monista é a corrente filosófica-religiosa que engloba os verdadeiros gênios da humanidade, dentre os quais, o Cristro do Evangélio.

Essa corrente é aquela representada pelos místicos avançados que professam o Deus-Cósmico, cujo entendimento dos seus representantes ultrapassam religiões, igrejas e teologias entre todos os povos e em todas as religiões. 

Os místicos cristãos, adeptos do Monismo Cósmico, foram perseguidos, excomungados e considerados suspeitos de heresia. Vários foram os que morreram por defenderem suas idéias, posteriormente comprovadas. Dentre os quais citamos:

Galileu Galilei (o pai da Ciênciadefendeu a Teoria Heliocentrista de Copèrnico, segundo a qual o Sol era o centro do Universo, ao contrário do Geocentrismo de Ptolomeu defendido pela Igreja Católica, para quem a Terra era o centro do Universo.

Sócrates (o pai da Filosofia), condenado à morte pelo auto-envenenamento por cicuta, devido seus ideais de levar o conhecimento para os cidadãos gregos que eram limitados pela ignorância. Acusaram-no de corromper a mocidade, de desrespeitar os deuses e da prática de inovações religiosas.

Giordano Bruno (Filósofo, Teólogo, Escritor, Matemático, Poeta, Cosmologo, ocultista hermético). Foi condenado à morte na fogueira pela Inquisição. Queimado vivo em Roma, em 1600, sob acusação de heresia e blasfêmia. 
Dentre suas principais frases, destacamos:

"Não é fora de nós que devemos procurar a divindade, pois que ela está do nosso lado, ou melhor, em nosso foro interior, mais intimamente em nós do que estamos em nós mesmos."

Baruch Spinoza (Filósofo, grande e profundo conhecedor da Bíblia Sagrada e do Talmud). Por riticou os dogmas rígidos e a ostentação da Igreja, foi excomungado da Sinagoga Judaica.

Jesus Cristo (O filho de Deus e considerado apenas um Profeta Cristão para os Judeus). Foi assassinado por crucificação, pelos interesses da Casta Sacerdotal no poder, aterrorizada pelo medo de perder o domínio sobre o povo e, sobretudo, de ver desaparecer a riqueza acumulada às custas da fé das pessoas.


Além dos monistas, vários são os exemplos de pessoas sacrificadas por contrariarem os dogmas da Igreja. 

A Santa Inquisição condenou diversas outras personalidades que ficaram famosas na história porque sofreram os piores tipos de perseguição e castigos; e acabaram mortas e queimadas vivas na fogueira, por não concordarem e contrariarem os interesses e os dogmas da Igreja Católica, dentre as quais citamos: 

Helena Blavatsky (escritora Russa, autora de livros sobre Espiritismo e reencarnação, cofundadora da Sociedade Teosófica). Foi considerada uma das bruxas mais famosas da história. 

Ursula Southeil (Vidente, uma uma espécie Nostradamus). Foi considerada Bruxa porque teve previsões precisas durante o século XVI, sobre a grande peste e o incêndio de Londres. 

Violet Mary  (Adepta do ocultismo, autora de livros sobre o ocultismo e a manipulação de energias) Foi a fundadora da Fraternidade da Luz Interior que tinha por objetivo fomentar e expandir o esoterismo. 

Margaret Murray (egiptóloga, arqueóloga e antropóloga). Adepta da Wiccauma religião neopagã acusada de manipular evidências de seus estudos. 

Joana d'Arc (Padroeira da França). Camponesa que liderou tropas francesas durante a Guerra dos Cem Anos. Conquistou várias e significativas vitórias para a França. Foi julgada e condenada por bruxaria, sendo morta na fogueira aos 19 anos de idade.

No Brasil, um grande exemplo é o do médium Zé Arigó que foi preso por suas milhares de curas e cirurgias através do espírito do médico alemão Dr. Fritz, que abordarei em tópico específico.

Segundo Huberto Rohden, quanto mais o homem se cosmofica ou se universifica, tanto menos unilateral ele se torna e tanto mais onilateral (natural) é a sua sabedoria. A luz colorida no seu modo de pensar humano revela a luz incolor da sua experiência Divina, que é a origem de todas as cores.


Para o Monismo Cósmico, Deus é a realidade Una e Única, o grande Uno da Essência, que sempre se revela pela pluralidade da existência, por meio do verso das criaturas que não são novas realidade, mas apenas novas manifestações da Única realidade.

O Monismo assim concedido, é rigorosamente lógico e revela clareza de precisão matemática. Para o Monista, tudo está em Deus e Deus é Tudo, mas tudo não é Deus. As criaturas não estão separadas de Deus, nem são idênticas a Deus.

Já dissemos que o Cristo do Evangélio é o exemplo mais brilhante do Monismo Cósmico e sua doutrina orienta a consciência de quase toda a humanidade, há mais de 2.000 anos.

Da mesma forma, os aforismos que explicitam as regras e os princípio de alcance moral, de toda sabedoria dos Grandes Mestres da Humanidade, constam do Tao Te Ching (o Livro que Revela Deus) de Lao-Tsé, nascido na China, há mais de 2.600 anos.


Aqui, é oportuna a transcrição da resposta de Albert Einstein, quando lhe perguntaram se ele  acreditava em Deus. Vejam o que ele disse: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”. 

Vejamos qual foi o Recado de Deus para  Baruch Spinoza:

Pare de ficar rezando e batendo no peito! O que quero que faça é que saia pelo mundo e desfrute a vida. Quero que goze, cante, divirta-se e aproveite tudo o que fiz pra você.

Pare de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que você mesmo construiu e acredita ser a minha casa! Minha casa são as montanhas, os bosques, os rios, os lagos, as praias, onde vivo e expresso Amor por você.

Pare de me culpar pela sua vida miserável! Eu nunca disse que há algo mau em você, que é um pecador ou que sua sexualidade seja algo ruim. O sexo é um presente que lhe dei e com o qual você pode expressar amor, êxtase, alegria. Assim, não me culpe por tudo o que o fizeram crer.

Pare de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo! Se não pode me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de seus amigos, nos olhos de seu filhinho, não me encontrará em nenhum livro.

Confie em mim e deixe de me dirigir pedidos! Você vai me dizer como fazer meu trabalho?

Pare de ter medo de mim! Eu não o julgo, nem o critico, nem me irrito, nem o incomodo, nem o castigo. Eu sou puro Amor.

Pare de me pedir perdão! Não há nada a perdoar. Se eu o fiz, eu é que o enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpá-lo se responde a algo que eu pus em você? Como posso castigá-lo por ser como é, se eu o fiz?

Crê que eu poderia criar um lugar para queimar todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que Deus faria isso? Esqueça qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei, que são artimanhas para manipulá-lo, para controlá-lo, que só geram culpa em você!

Respeite seu próximo e não faça ao outro o que não queira para você! Preste atenção na sua vida, que seu estado de alerta seja seu guia!

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é só o que há aqui e agora, e só de que você precisa.

Eu o fiz absolutamente livre. Não há prêmios, nem castigos. Não há pecados, nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Você é absolutamente livre para fazer da sua vida um céu ou um inferno.

Não lhe poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso lhe dar um conselho: Viva como se não o houvesse, como se esta fosse sua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não houver nada, você terá usufruído da oportunidade que lhe dei.

E, se houver, tenha certeza de que não vou perguntar se você foi comportado ou não. Vou perguntar se você gostou, se se divertiu, do que mais gostou, o que aprendeu.

Pare de crer em mim! Crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que você acredite em mim, quero que me sinta em você. Quero que me sinta em você quando beija sua amada, quando agasalha sua filhinha, quando acaricia seu cachorro, quando toma banho de mar.

Pare de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra você acredita que eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que me agradeçam. Você se sente grato? Demonstre-o cuidando de você, da sua saúde, das suas relações, do mundo. Sente-se olhado, surpreendido? Expresse sua alegria! Esse é um jeito de me louvar.

Pare de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que o ensinaram sobre mim! A única certeza é que você está aqui, que está vivo e que este mundo está cheio de maravilhas.

Para que precisa de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procure fora. Não me achará. Procure-me dentro de você. É aí que estou, batendo em você.”

por Sergio A. Nunes

sábado, 18 de novembro de 2023

A Sangrenta Batalha entre entre os Deuses Urano e Crono.

O início e a razão dos conflitos entre o Pai Urano e o Filho, tramado pela Mãe Gaia.

Não podemos afirmar quanto tempo durou o abismo nebuloso em que viveu o Deus Caos, uma vez que sua descendência, a começar por seus dois filhos Urano e Gaia que se multiplicou gerando outros filhos e deu início à uma série de conflitos e desentendimentos entre os demais membros da família que continuou se multiplicando ao longo do tempo.

Quem nos dias de hoje ressente-se com comportamentos, desentendimentos e conflitos entre seus familiares, não faz idéia do ocorrido no relacionamento entre os Deuses da Mitologia Grega e seus descendentes.

Além dos filhos Oceano, Céos, Crio, Hiperio, Jápeto, Teia, Reia, Têmis, Mnemosine, Febe Tétis e Cronos que odiava a luxúria do seu pai Urano, a Deusa Gaia também gerou seres monstruosos como os Ciclopes  (criaturas de um olho só no meio da testa) e os Cem-Braços   (monstros gigantescos e violentos) que o Pai Urano trancou nas profundezas da terra contra a vontade da Mãe Gaia e dos outros filhos.
Essa foi a razão que deu início à sangrenta Batalha entre Urano e seu filho Crono e que deu origem à nova geração de Urano.

A Batalha entre Crono e o pai Urano

Insatisfeita com a tirania de Urano que trancara os filhos Ciclope e Cem Braços numa prisão nas profundezas da terra, não os deixando ao menos sair para ver a luz do dia, Gaia arquitetou junto ao filho Crono um atentado contra Urano, tendo os outros irmãos se recusado a participar da empreitada.

Durante a noite, enquanto Urano dormia, o filho Cronos, feriu-lhe os testículos com um golpe de foice, pondo fim a tirania do Pai que sangrava, gritava de raiva e dor, enquanto a mãe Gaia gritava de alegria, achando que Urano não mais seria capaz de fazê-la gerar outros filhos.

A nova geração de Urano (as Erínias, as Melíades e Afrodite)

Ao contrário do que imaginava a Deusa Gaia, as gotas do sangue de Urano, em decorrência do golpe dado pelo filho Cronos que feriu-lhe os testículos, parte do sangue caiu na Terra e, sangrando, Urano foi banhar-se no Mar à procura de Cronos para continuar a Batalha.

O sangue derramado na Terra a fecundou dando origem à uma nova descendência: as Eríneas, que eram a personificação da vingança que punia os Deuses e castigavam os mortais; e as Melíades, que eram as Ninfas nascidas das árvores e possuíam a vontade nata de guerrear contra qualquer um.

As Eríneas eram entidades demoníacas e infernais com asas e cabeleira de serpente que se munia de tochas e chicotes que atormentavam suas vítimas, levando-as à loucura.

As Melíades que eram as ninfas, assim entendido as Deusas que foram viver nos bosques, nas montanhas, nos rios e nos mares

Afrodite, a Deusa da Beleza e do Amor

Enlouquecido com o ato praticada pelo filho Cronos que lhe feriu os testículos, Urano foi banhar-se no Mar, emcontrou Cronos e recomeçou a batalha, e o filho cortou-lhe de vez seus órgãos genitais e os lançou sobre as ondas do mar, e o sangue derramado nas águas misturou-se às espumas que se formaram e deu origem ao nascimento da filha , que se tornou a mais bela de todas as mulheres, Afrodite, a Deusa da Beleza e do Amor.

Atente-se que estamos tratando da itologia grega, pois devemos considerar que na Mitologia Romana, Afrodite era a Vênus, filha de Zeus e considerada a Deusa das Ninfas, de beleza incomum, vaidosa, sedutora e também vingativa.


A queda de Urano e a ascenção de Cronos

Como se vê, a tirania iniciada por Urano perdurou por longo tempo e envolveu toda a sua geração, merecendo destaque sua derrocada após ser mutilado pelo filho Cronos, que também se tornou um grande tirano após casar-se com Réia.

Ao assumir o trono do Pai e tornar-se o Rei Supremo dos Deuses, Cronos que támbem gerou muitos filhos com Réia temia que um dos seus filhos tomasse o seu poder. Diante desse medo, deu início ao seu reinado praticando atos ainda mais reprováveis dos que os praticados por seu pai Urano.

Cronus  devorava os filhos que nasciam, deixando Réia com a mesma insatisfação da sogra Gaia em relação ao sogro Urano que trancara os filhos Ciclope e Cem Braços nas profundezas da terra.


Aqui, cabe lembrar a passagem bíblica onde o Profeta Jeremias (19:9) avoca as palavras do Senhor de Israel, que dirigindo-se aos que descumpriram a aliança e passaram a cultuar o Deus a outros deuses, assim proclamou aos Reis de Judá e aos habitantes de Jerusalém:

"Deus os levará a comer a própria carnê de seus filhos, a carne das suas filhas, e se alimentará cada um da carne do seu próximo".

Enfim, várias foram as desavenças que se seguiram entre os Deuses mitológicos, exatamente ao contrário do que imaginou o Deus Caos que tentou acabar com a bagunça que acreditava existir, pois ao criar o Universo, o Caos criou e deu origem a vários Deuses, achando que ia colocar ordem na Terra, o que não aconteceu até os nossos dias.

por Sergio A. Nunes


quinta-feira, 16 de novembro de 2023

"Caos". O Deus Primordial na Mitologia Grega.

Conta a Lenda que no início tudo era muito confuso e nada tinha a forma do Universo que hoje conhecemos.

A confusão era tão grande que não se podia distinguir o que era Céu, Terra e Oceano. Nesse período confuso e nebuloso quem reinava era o Deus Caos, o Mito deificado pelos gregos.

Essa Divindade Primordial pode ser entendida como a força primitiva do organismo vivo que surgiu com o espaço e deu forma ao Universo que hoje conhecemos e consequentemente a criação do mundo.

Sendo a mais antiga existência da consciência divina, Caos, cujo nome nos dìas atuais significa desordem e confusão, inclusive em nossas mentes, foi Ele que resolveu colocar ordem no Universo.

A Criação do Mundo na Mitologia grega

Caos dividiu o Universo em três partes essenciais, criando o Céu, a Terra e os Oceanos para serem habitados por vários Deuses das mais variadas espécies.

Com a força misteriosa de sua mente, essa Divindade moldou e criou um Disco Terrestre e o pendurou no espaço, e sobre sua superficie fez nascer planicies e montanhas com arvores verdejantes.

Em volta do Disco Terrestre, o Deus Caos colocou as águas dos mares que ao penetrarem nos barrancos da terra formaram os lagos e os rios, e acima da terra é das águas colocou uma abóboda Celeste que encheu de ar e de luz.

Foi assim que, segundo a mitotogia grega, o Primeiro Deus criou o mundo e deu início à ocupacao do céu com os astros, reservando o ar para os pássaros, o mar para os peixes, e a terra para as florestas e para todos os animais selvagens e humanos.
A Criação e a natureza dos Deuses Gregos.

Após a criação do Universo, o Deus Primordial Caos criou um casal de divindade para dar origem a vários outros Deuses para povoar e organizar cada uma das partes essenciais do mundo que criou. Foi então que o Deus Caos deu origem ao nascimento de seus primeiros filhos: Urano e Gaia.

Urano passou a ser o Deus do Céu e Gaia a Deusa da Terra, sobrevindo dessa união várias outras divindades que, ao longo do tempo foram se multiplicando e passando a assumir seus papéis na organização do Universo.

Dentre os vários descendentes de Urano e Gaia, merecem  destaque Téia, Réia, Crono, Hiperion, os Ciclopes, os Cem-Braços, Japeto e Oceano.


Por ora nos deteremos apenas aqueles que inicialmente geraram filhos e foram se multiplicando ao longo do tempo, quais sejam: Téia, , Hiperion, Réia, Crono, Japeto e Oceano, que possamos a individualizar.

Téia, a Deusa da Luz uniu-se a Hiperion o Deus dos Astros e este casal gerou os filhos Helio, o Deus do Sol; Selene a Deusa da Lua e Eos o Deus do Amanhecer, da Aurora.

Oceano, o Deus das Águas gerou a filha Climene (Deusa do Renome) e está formou casal com seu tio Japeto que era o Deus do Tempo e deram origem aos filhos: Prometeu, Epimeteu e Atlas, os quais eram bisnetos de Urano e Gaia e tatatanetos de Caos, por parte da Mãe Climene.

Réia, a Deusa da Fertilidade, uniu-se a Crono que era o Deus do Tempo e geraram os filhos Démeter Deus da Agricultura, Hera a Deusa do Casamento que foi cotada como Rainha do Olimpo e do Paraíso, Zeus o Deus dos Deuses e governante do Monte Olimpo,  Posseiden o Deus dos Mares, Hades o Deus do Submundo que se casou com Pérséfone, a filha de Zeus criador pelos Telquines, os demônios da Ilha de Rades, todos dotados de natureza divina.

Dentre esses Deuses, há aqueles que se notabilizaram e permanecem  nosso imaginário, pela grande contribuição a cultura com seus nomes e suas histórias, nas diversas áreas culturais da atualidade; como é o caso, dentre outros, de Zeus, Afridite; Posseidon.


No próximo capítulo, trataremos das razões que deram início aos conflitos e à sangrenta Batalha entre Urano e seu filho Crono e que deu origem à nova geração com o nascimento das Eríneas, das Melíades e da festejada Deusa Afrodite. Aguardem!

por Sergio A. Nunes

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Os Deuses Gregos, Romanos e Egipcios

A Mitologia é feita de Deuses poderosos, guerreiros, ciumentos, apaixonados, divertidos e com muitas caracteristicas que os fazem unicos e com algumas semelhanças aos homens.
De um modo geral, esses Deuses se repetem em diferente mitologia, pois existem  funções que são quase obrigatórias em todas as culturas que precisam de um Deus para desempenhá-las, tais como a terra, o céu, o sol, o mar,  a agricultura, a vida, amor,  morte, dentre outras.

Juntamente por isso que os diferente povos tem seus Deuses semelhantes com nomes diferentes, mas com características e atribuições muitas vezes iguais.

Antes de conhecer a lista dos Deuses correspondentes nas diferente Mitologias, é preciso demonstrar que os Deuses da Mitologia Grega podem ser os mesmos da Romana e até da Egípcia, sofrendo alteração somente nos nomes.
Na comparação mitológica Egípcia, os Deuses não costumam ser convertidos, isto é, não são substituídos ou igualados, mas sim assemelhados.

Deuses correspondentes nas diferentes Mitologias.

I. Zeus na Mitologia Grega é Jupiter e na Mitologia Romana. O Deus dos Deuses e dos Homens, sendo o principal Deus do Olimpo.
Na Mitologia Egipcia é Amon-Rá, o Deus Supremo que representa o Sol.

II- Hefesto para a mitologia Grega é Vulcano para a Romana. O artesão dos Deuses que faziam os raios que Zeus usava em suas batalhas. Era o Deus dos ferreiros, artezãos, escultores do fogo e dos vulcãos. É filho de Zeus e Hera. Na mitologia Egípcia é Ptah ou Ptá, o Deus Superior dos artezãos, mestre na manipulação de pedra preciosas e metais.

III - Hera naitologia Grega é Juno na Romana. A Deusa das bodas e da maternidade, irmã e esposa de Zeus, considerada Rainha do Olimpo. Na mitologia Egípcia ela é Isis, a Deusa do Amor, exemplo ideal de esposa e Mãe.
IV - Hades na mitoligia Grega é Plutão na Romana. Deus do mundo interior e dos morto, irmão de Zeus. Na mitologia Egípcia é Osiris, o Deus da morte é da pós-morte.

V - Ares na mitologia Grega é Marte na Romana. Deus da guerra, irmão de Hefésio e filho de Zeus e Hera, sendo Hórus na Mitologia Egípcia, o Deus do Céu que era ligados as grandes batalhas.

VI - Apolo na mitologia Grega era Febo na Romana. Uma das principais divindades, o Deus do Sol, filho de Zeus e Leto, irmão gêmeo de Artemis. O Deus da cura, da proteção, da Beleza, da perfeição, do equilibrio e da razão. Na Mitologia Egípcia era Aton ou Atum, o Deus soberano em Heliópolis, Cidade Sol, representa a grandeza e a força do Sol.

VII - Artemis na mitologia Grega é Dana na Romana. Deusa da casa e da vida selvagens associada à luta e à magia. Era irmã de Apolo, filha de Zeus e Leto. Na Egípcia era Neit, a Deusa guerreira representada seguradora um arco e uma flexa.

VIII - Afrodite na mitologia Grega é Vênus na mitologia Romana. Afrodite era a mãe do Cupido Eros. A Deusa do Amor, da sexualidade, da beleza e responsável por perpetuar a vida, o prazer e a alegria. Na mitologia Egípcia Hather é a Deusa do Amor e protetora dos apaixonados.

IX - Atena na mitologia Grega é Minerva na mitologia Romana. A Deusa da Sabedoria, da estratégia e da civilização. Na mitologia  Egípcia Amonete que era uma versão femenina de Amon e, por isso, têm o Poder da Sabedoria associada à ela.

X - Hermes na mitomogia Grega é Mercúrio na mitologia Romana. É o mensageiro dos Deuses, sendo também o Deus da escrita, da comunicação, da fertilidade, da Magia, das estradas, e das viagens, dentre outros. No Egito é Thoth, o Deus do intelecto, da escrita, da ciência, da aritimética e da magia.

XI - Deméter na mitologia da Grecia é Ceres na mitologia Romana. Filha de Cronus e Réia, Deusa da agricultura, das terras cultivadas e das estações do ano. Na mitologia Egípcia era Ápis, a personificação da terra e de tudo o que nela cresce.

XII - Posseidon na mitologia Grega é Netuno na mitologia Romana, irmão de Zeus e Deus dos Oceanos. Na mitologia Egípcia temos Anuquete como a Deusa do Nilo e da água e Hep o Deus das inundações.


sábado, 19 de agosto de 2023

A origem dos atentados que estão vitimando inocentes.

As autoridades religiosas e políticas não estão conseguindo aplacar a ira e o ressentimento daqueles que, ao longo dos séculos, vêm causando dor e sofrimento aos povos de todas as nações.

As práticas radicais utilizadas nos dias de hoje pelos chamados fundamentalistas associados a certas linhagens e religiões, não são compatíveis com a teologia e a cultura muçulmana, nem diferente das práticas utilizadas pelos Vândalos, Bárbaros, Wikings e Cruzadas que culminaram na derrocada dos grandes Impérios.

Vidas ceifadas, miséria, sofrimento e destruição da cultura das civilizações têm sido os resultados das sangrentas batalhas e conflitos entre os cristãos e muçulmanos ao longo dos séculos.

Um Poeta árabe e cego, morto em 1057, que ousou atacar os costumes de sua época proferiu a seguinte frase:

Os habitantes da terra dividem-se em dois grupos, os que têm um cérebro, mas não possuem religião, e aqueles que têm religião, mas não têm cérebro” (Abul-Ala al Maari).

No meu entender, não quis o poeta referir-se diretamente a todos os cristãos ou aos muçulmanos, mas sim aqueles que desprovidos de compaixão para com seus semelhantes praticam as atrocidades que vimos até esses dias, ora em nome da ganância, ora em prol da manutenção de seus dogmas e ideologias.

Abrahão e a Terra Prometida

A Bíblia Sagrada, em gênesis, nos possibilita entender que a origem das desavenças entre judeus, hebreus, cristãos e muçulmanos têm origem no legado de Abraão que recebeu de Deus a Terra Prometida, onde hoje se situa o território de Israel.

Abrahão, Sara e a escrava Agar

Inicialmente, Deus prometeu a Abraão e a Sara que eles iam ter um filho e, passados anos, como Sara aos 76 anos de idade não engravidava ela deu a Abraão de 86 anos, sua serva Agar, como esposa, para que ela gerasse o tal filho a quem deram o nome de Ismael.

Aos 90 anos de idade Sara veio a engravidar de Abraão que já contava com 100 anos de idade. A esse filho, Abraão e Sara deram o nome de Isaque. Nessa época, Ismael, filho de Abraão com a serva Agar já contava com 14 anos de idade.

Isaque e Ismael

Com o nascimento de Isaque, a convivência do casal começou a ficar cada dia mais difícil, até que atendendo pedido de Sara que não queria criar seu filho Isaque junto com o filho de sua serva, Abraão mandou Agar e Ismael para o deserto onde hoje é a Arábia Saudita.

Isaque (filho de Abraão e sua esposa Sara) deu origem ao povo judeu. Ismael (filho de Abraão e a serva Agar) deu origem ao povo árabe muçulmano, surgindo daí o conflito que hoje vivenciamos entre os dois povos, judeus e muçulmanos.

Como os judeus e os muçulmanos são descendentes da tribo de Abraão e quando Abraão recebeu a Terra Santa em promessa, começaram os desentendimentos e os conflitos no oriente médio (entre judeus e muçulmanos) e que ao longo dos séculos vem se espalhando entre as nações do oriente e do ocidente, vitimando pessoas em todo o mundo.

A disputa entre os Judeus e Muçulmanos

Por um lado, os judeus reivindicam a posse da terra ao argumento de que a herança de Abraão foi deixada ao seu filho legítimo que era Isaque e não o filho bastardo que era Ismael.

De outro lado, os muçulmanos que construíram a maior mesquita em Israel, não abrem mão da terra que foi conquistada pela descendência da tribo de Ismael que também era filho de Abraão e irmão de Isaque por parte do pai.

Como se vê, a ira e os ressentimentos e as desavenças familiares ocorridos há mais de dois mil anos antes de cristo continuam vitimando inocentes até esses dias.

Rogamos a Deus que abençoe todos os povos e ilumine os cristãos, Judeus e muçulmanos, pastores, rabinos, sábios, gurus, feiticeiros, alquimistas, curandeiros, astrólogos, filósofos, pensadores e poetas, para que nos guie ao caminho que nos leve a paz, a harmonia, a igualdade e a fraternidade.

Só com a misericórdia de Deus, Beneficente e Misericordioso, conseguiremos alcançar a paz e fazer valer os verdadeiros princípios e ensinamentos que nos deixou Jesus Cristo e o Profeta Maomé.

Os Vários Deuses do Hinduísmo a maior Religião Politeísta.

O Politeísmo admite a existência de vários Deuses e, dentre as principais religiões dessa corrente religiosa, vamos conhecer o Hinduismo.


Ao contrário dos monoteistas, as sociedades Politeístas admitem as existência de múltiplos Deuses que se dedicam variadas atividades voltadas aos seus seguidores.

O Hinduismo é uma religião que tem como Escritura Sagrada os 4 Vedas. É conhecida como a Religião mais antiga e considerada Terceira maior Religião do Mundo que possui mais seguidores em todo o planeta.

Nessa religião existem mais de 33 milhões de Deuses; chamado de Devi e Deva. Muitos desses Deuses são Avatares, ou seja, uma manifestação corporal dos Deuses imortais.

OS PRINCIPAIS DEUSES DO HINDUÍSMO

A Trindade Hindu é formada  por Brahma, Vishnu e Shiva. Outros são a Representacão de Shakti que é a Suprema Divindade.
Brahma (Deus da Criação). É o Deus criador  Cosmos e de todos os seres vivos. É o Primeiro da Trindade Hindu e visto também como o Deus da criatividade é do intelecto, normalmente representado com 4 rostos e possui 4 mãos que seguram um rosario, um vaso de água, um livro e um lótus.

Vishnu (Deus da Preservação). É a segunda divindade da Trindade Hindu e responsável pela preservação, mantendo o Universo e a Vida, sustentando-os por meio dos princípios da ordem, da retidão é da verdade. É visto sentado numa serpente, simbolizando sua capaacidade de permanecer em paz mesmo diante do medo. É também responsável por manter o Dharma, que é o comportamento digno é justo.

Shiva (Deus da Destruição). É o Terceiro Deus da divindade Hindu que representa a morte é a dissolução. Enquanto Brahma e Vishnu preservam a vida, o papel de Shiva é destruir os mundos para que haja espaço para Bhahma criar, mantendo um ciclo de Eterno movimento.  Ele protege seus seguidores da luxúria, da raiva, da ganância e da ilusão.É representado com um homem de cor azul, simbolizando que é a luz que emerge da escuridão. A serpente em seu pescoço representa a energia vital chamado de Kundalini. Ele também é conhecido por muitos nomes, como Mahadewa, Pashupati, Nataraja, Vishwanath, dentre outros.

Shakti (A Grande Mãe). É uma das maiores vertentes do Hinduismo, acredita-se que esta Deusa é também um Ser Supremo, assim como Brahma. Ela é considerada a Força Cósmica Primordial e o aspecto energético das Divindades Hindu, sendo referida com a Grande Mãe Divina. Sua forma mais conhecida é a Kundalini Shakti, uma força psicoespiritual. Também é chamada de Adi Shakti ou Ad Parashakti. No pleno espiritual, ela se manifesta sob a forma de das Deusas Sarawati, Paravati é Lakshmi. Essas Deusas formam outra Trindade Sagrada do Hinduísmo, chamado Tridevi.

Paravati (Deusa do Amor, da Fertilidade, da Beleza e do Casamento). É a esposa de Shiva é, de acordo com o Saktismo, é ela sue está por três da energia é do Poder de Shiva. Quando acompanhada do marido é representada com dois braço, e quando sozinha se apresenta com quatro ou oito braço.

Saraswati (Deusa da Sabedoria, do Conhecimento, da Arte é da Música). Ela é a mulher de Brahma é Mãe dos Vedas. É adorada quando os devotos buscam por compreensão é conhecimento é os Cantos dedicado à ela costuma contar lições sobre como ela conceder os Poderoso de sabedoria é fala aos humanos. Geralmente ela é retratada como uma bela mulher tocando um Alaúde e sentada sobre um Lótus branco.

Lakshmi (Deusa do Dinheiro é da Riqueza). É a esposa de Vishnu que também representa a beleza e a pureza. Sua magem e facilmente encontrada nos lares da India. É ela que governa e riqueza é a prosperidade, tanto material quanto espiritual. Por isso ela é muito popular na Índia é adorada por aqueles que passam por dificuldades financeiras.

Kàli (Furiosa Mãe do Tempo). É uma das formas mais fetozes de Shakti, também conhecida como a Mãe das Trevas. Sua imagem assustadora mostra uma mulher usando um Colar de cabeça, uma saia de ossos é em suas mãos está a cabeça cortada de Shiva, representado a morte do ego do maior inimigo da humanidade. Ela também é vista como a personificação do tempo, a força que dedtói tudo.

Krishna (Deus da Devoçäo). É um dos avatares de Vishnu, uma das encarnações mais poderosas da Mitologia Hindu. É visto pelos Hindus não apenas como Herói, mas como amigo e Mestre. Ele também é visto como a.personificação do Amor, da alegria Divina é como o Senhor da Yoga. Krishna possui a pele azul e geralmente é representado com uma flauta que usa para seduzir as pessoas. De acordo com a sabedoria de Krishna, não devemos temer ou nos responsabilizar por aquilo que foge do nosso alcance. A morte, por exemplo, é inevitável, contudo, o espírito é eterno e continuará sua jornada dentro ou fora de um corpo visível, como este que habitamos agora.

Ganesha (Senhor dos Obstáculos).É um dos Deuses mais mais populares do mundo. Ele é conhecido por conceder sabedoria e sorte, rèmonè di assim os obstáculos. Por isso é comum orar para ele no início de qualquer empreendimentos ou casamento. Ele é filho de Shiva é Parvati é é facilmente reconhecido por sua cabeça de elegante.  Como é adorada por todas as cabeças do Hinduismo, é o mais importante entre os Deuses Hindus.

Rama (Deus da Verdade e da Virtude). É um dos Avatares de Vishnu. Devido a sua compaixãi, coragem é adesão ao Dharma, ele é visto como a personificação perfeito da humanidade. Diferente de outros Deuses Hindus, acredita-se que Rama seja uma figura Historical real cujos efeitos estão descritos no "Conto Épico Ramayana". O Grande Festival däd Luees Hindu (Divali) é uma comemoração à Rama.

Hanuman (Símbolo da Força e da Devoçäo). É adorada como um simbolizando de força é esperança é visto como um devotos que ajudou Rama em sua Batalha contra as formas do mal descritas no Ramayana. Ele é chamado em tempos difíceis para lembrar do Poder ilimitado que existe dentro de cada um de nós  É representado com rosto de Macaco, e os santuários dedicado a ele estão entre os mais comuns da Índia.

 Durga (Deusa Protetora). É uma das representações da Mãe Divina, também conhecida como "A Invencível". Ela é representada com 8 braço que carregam armas para protege a humanidade em todos os Cantos do mundo. Ela é destruidora do mal e protetora dos justos, sempre disposta a ajudar quem tiver bravura para enfrentar seus problemas.

Além do Hinduismo, várias outras correntes religiosa do Politeísmo serão analisados mais adiante. Aguardem!

por Sergio A. Nunes 
em 16/08/23



O Monoteísmo e o Deus-Pessoa dos Hebreus, dos Cristãos e dos Muçulmanos.

O Monoteísmo é uma corrente doutrinária que agrega, dentre as principais religiões, o Islamismo, o Judaísmo é o Cristianismo.

Essa corrente doutrinária admite a existência de uma só divindade. Reconhece um só Deus-Pessoa, aquele que reside no Céu, embora haja grande divergência entre essas três correntes religiosa.

Para os Muçulmanos, cujo Livro Sagrado é o Alcorão ou Corão, e a religião é o Islamismo, só Allah (em árabe) ou Alá (em português) é Deus único, todo Poderoso, Onipresente e Onisciente o único Profeta é Maomé. 


Para os Judeus, o Livro Sagrado é a Torá e a religião é o Judaísmo, e o Deus é Jeová, o Único, também conhecido como Javé, Iehovah, Iavé, Yahweh. Moisés é o Profeta. Registre-se que a Torá ou Bíblia Hebraica composta dos 5 primeiros livros do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) que constam da Primeira Parte da Bíblia Cristã, ou seja, do Antigo Testamento.


Para os Cristãos, o Livro é a Bíblia Sagrada e a religião é o  Cristianismo em suas variadas vertentes (dentre elas os católicos e os protestantes). Seu Deus é a Santíssima Trindade  (Pai, Filho e Espírito Santo), e o fato de esse Deus ser representado por três Pessoas (como uma família em comunhão interpessoal) não significa que os Cristãos sejam Politeísta, eles são Monoteísta e João Batista é o maior Profeta.


Cabe salientar que a diferença entre a Bíblia Católica e a Protestante é o número de livros considerados canônicos. A católica tem 46 livros no Antigo Testamento e a protestante tem 39, já o Novo Testamento tem 27 livros.

É importante ressaltar que existe, dentre os Monoteísta a Monolatria, também conhecida como Enoteismo.

Essa corrente é a que admite a existência de mais de um Deus, mas sempre considera o seu Deus Superior aos outros. Vejam, por exemplo, o que se falam nas Igrejas sobre a Batalha entre o Bem é o Mal.

O próprio Abrahão, aconselhado por Deus, saiu de sua Terra Ur dos Caldeus na Mesopotâmia (atual Iraque) que era uma nação Politeísta onde existiam mais de três mil Deuses e partiu para Canaã (a Terra Prometida - área que compreendia Israel, Cisjordânia e Gaza, Jordânia e o sul da Síria e do Líbano) onde prevalecia o Monoteísmo.

Os Hebreus, no tempo de Moisés, nunca chegaram a idéia de um Deus Único para o mundo inteiro, pois sofriam alguns surtos de politeismo.


Conta-se que, além de Yahweh, os Israelitas cultuavam Baal, Asherad e outros Deuses que faziam parte da Mitologia de Canaã (há mais de dois mil anos antes de Cristo), como ocorreu enquanto Moisés se ausentou para receber as Tábuas dos Dez Mandamentos.

Diz-se, ainda, que foi com Moisés que o povo Hebreu voltou a admitir a existência de um Deus Único para Israel, o Deus dos Exércitos, hoje, inclusive, reverenciado pelos Cristãos.

O Monoteísmo nunca atingiu as alturas do verdadeiro Monismo. Todo Monoteísta é dualista, Isto é, admite a existência de um Deus transcedente, de um Deus-Pessoa residente em alguma região longínqua do Cosmo, com o qual o homem espera se encontrar depois da morte. Esse conceito do Encontro com um Deus num tempo futuro e num espaço Distante e comum a todos os Monoteístas.

A concepção Monoteísta-Dualista de Deus contagiou, desde o princípio, o Cristianismo Ocidental, o que é prefeitamente compreensível, uma vez que os primeiros discipulos de Jesus vinham do Judaísmo e até hoje o Cristianismo teológico do ocidente não se libertou totalmente dessa herança.

Nessa categoria Monoteísta também se incluem algumas religiões de origem afro brasileira, como é o caso do Candomblé e da Umbanda que analisaremos no tema Sincretismo Relifioso. 

Fiquem ligados!

por Sergio A. Nunes
em.    /8/23.

terça-feira, 18 de julho de 2023

Elisa. A Princesa que se tornou Rainha, por sua elegância, simpatia e beleza.


Foi num 18 de julho de 1984 que, em sua festa de 15 anos, eu vi de perto os atributos dessa adolescente, de fino trato, que passei a admirá-la e considerá-la uma vedadeira Princesa e que hoje é a nossa Rainha.

Convidado pelo amigo Abrahão para a festa da filha que debutava, pulei o muro dos fundos da minha casa e lá estava eu, desde às 10 da manhã, bebericando com meu amigo e saboreando os quitutes que Dona Raimunda preparava para a festança que ocorreu à noite. Era a festa da Elisa.

Filha de um considerado Cenógrafo da Rede Globo, irmã do ex-Modelo fotográfico Eduardo e do Comerciante Herivelto, Elisa sempre se portou na retaguarda dos irmãos e sobrinhos, e hoje faz jus ao honroso Título de Rainha da nossa Comunidade.

Só interrompi minha permanência no local quando fui em casa tomar um banho e pegar o presente para retornar à festa que foi um grande sucesso e uma das mais lindas e fartas, dentre as que compareci.

O sucesso da festa ficou por conta da aniversariante que, sempre simpática e elegante, transitava de mesa em mesa, entre os convidados, cumprimentando a todos.

Simpatia, elegância, beleza e simplicidade deram o tom da festa e a debutante mostrou a todos que, àquela época, já irradiava os fluidos positivos de alegria e felicidade para as gerações seguintes.

Hoje em dia, quem olha para a elegância da Dra. Bárbara (filha do Eduardo), para o jeitinho da Suzaninha (filha do Herivelto) e para o Mateus (filho da Elisa) pode constatar que não estou falando só da beleza estética, estou falando é da elegância. 

Só quem tem uma sensibilidade mais apurada, vai conseguir enchergar no modo simples da Suzaninha, a elegância da querida tia Elisa.
O mesmo se diga em relação à postura e elegância dos meninos. Vejam aí o filho Mateus e o sobrinho Dudu homenageando a Rainha Elisa.

É um misto de educação, gentileza, carisma e elegância que nos remete ao modo de ser e o fino comportamento transmitido por essa Elisa que hoje estamos reverenciando. 

Hoje uma mulher guerreira, mãe e tia dedicada que não sucumbiu os revezes da vida e que continua nos dando exemplo de elegância, digna de uma Rainha.

Alguns podem até dizer que a educação refinada dos irmãos Lima foi obtida nos bancos das melhores escolas que eles frequentaram, mas o berço é que falou mais alto.

A você Elisa, as nossas homenagens nesse dia tão importante em sua vida.

Nós é que agradecemos sua presença nessa Comunidade.

Parabéns!
Tenha um Feliz aniversário com muita paz, saúde e prosperidade!!

Em 18/07/23.

sexta-feira, 14 de julho de 2023

O Show de Rock da Banda Bruno e Diego que atraiu a multidão na Praça Monte Celeste.

Muitos foram pegos de surpresa quando, num certo dia se depararam com uma grande movimentação na Praça Monte Celeste em que, sob o comando do Bruno, ocorreria o grande Show na Comunidade.

Era o despontar da Banda de Rock And Roll do Bruno e Diego, os dois adolescentes que se revelavam os artistas do Condomínio, mas desapareceram com banda deixando saudade. 

O pai deles, Waltinho, ficava todo orgulhoso, acredito até que já imaginava empresariar os filhos artistas. Pena eu não ter uma foto daquele lindo Show pra mostrar a vocês.

Que o DNA das artes sempre esteve incrustado em nossa Comunidade já sabíamos, pois já postamos aqui alguns dos eventos que demonstram o talento dos nossos artistas.

A exemplo do Marlon, Kaquinho, Jully e tantos outros, mais os ainda não revelados e que certamente integram esse grupo (como é o caso do pequeno Franklin que amealha a veia cultural da família), a grande surpresa foi a aparição relâmpago da dupla Bruno e Diego que nos proporcionou um belo Show musical com sua Banda.

Certamente que a Profa. Regina, mãe dos mais novos pupilos do pedaço, ficou muito orgulhosa em vê-los sendo ovacionados, principalmente pelas meninas, quando cantaram uma certa canção que levantou a galera. Que música foi essa, alguém aí se  lembra?

Dandex, Daniel, Deivison, Diogo e Gabriel e Júnior (negão) faziam a segurança dos artistas no Palco e ninguém ultrapassava o forte cordão de isolamento.

Ao redor da praça estava a multidão em delírio. Uns sentados nos bancos da praça e outros em suas cadeiras de casa. Até quem não gostava de rock balançava o corpo, outros mexiam o pézinho, em tom de aprovação. 

Imaginem vocês que até o Danilinho que corria prá lá e prá cá, parou para ouvir a banda tocar. Só o Mateus que estava sentado no banco (ali perto do limoeiro em frente a casa do Dandinho) fechou o Gibi que estava lendo e foi embora pra casa. É que o Mateus não gostava de tumulto e som alto, por isso foi embora.

Sei que alguns vão até falar que eu pirei de vez e que estou inventando coisa que não existiu, mas isso foi o que eu vi e gostei. E, com essa visão, estou certo de que só aqueles que conseguem entender a diferença entre o que é história, estória, contos, fábulas, e crônicas; alcançarão o real objetivo deste texto, que é homenager o amigo Bruno.

Que pena que a banda parou e muitos aqui não tivram a oportunidade de conhecer um verdadeiro Show de Rock no Condomínio, proporcionado pelos Bruno e Diego.

Alguns devem estar se perguntando:  Ué! então temos aqui no Condomínio vários atores, cineasta, maestro, bailarina e agora músico e cantor de Rock and roll?

A resposta é: Não, temos muito mais que isso. Além da Banda de Rock do Bruno, tivemos também um Grupo de Dançarinos que era composto por Alessander, Herivelto, Cleibe e Cleber (e outros que não lembro o nome) que (embora hoje meio enferrujados) estiveram em cartaz, por longo tempo, dando seus shows na Disc Mel (adiscoteca do Bangu Atlético Clube) e, também, nas festas aqui da Comunidade e eu sei que, de vez em quando, eles ainda arriscam alguns passinhos.

Não se pode negar que a veia artística de Bruno e Diego foi herdada do avô Walter e dos tios dançarinos Cleibe e Cleber que transpiravam alegria e satisfação em participar dos eventos artísticos, inclusive como membros do Bloco Carnavalesco Beco do Omar, sob a batuta do maestro Caquinho.

Também, cá pra nós né, esses aí da turma do Sr. Walter têm origem lá na Ariol, a rua que leva o nome do festejado Mestre Donga, o autor de "Pelo Telefone", que foi o primeiro samba brasileiro. Como podem ver, eles não negam a origem artística que têm.

Agora que já sabem de tudo isso, vou revelar a vocês que essa foi a forma de eu  homenagear e parabenizar o Bruno, não só pelo vizinho, amigo, filho, marido e pai que ele é, mas também pelo seu aniversário, desejando-lhe muita Paz, saúde e prosperidade.

Parabéns Bruno! 
Tenha um Feliz aniversário!
Que Deus continue te abençoando!

Um grande abraço.

Sergio Nunes
em 14/07/23.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Enquanto o Pato ardia na brasa, o Menino chorava na praça.

Nota Importante! 
Esse relato retrata uma história real de fato ocorrido na Comunidade, mas, em respeito à possiveis opiniões de pessoas que possam não querer ver seus nomes aqui divulgados, me senti na obrigação de omitir os nomes dos personagens reais que fizeram parte da história. Caso eles queiram, posso citá-los.

Vamos aos fatos!

Após a despedida do querido Pé de Pano, eu precisava encontar um meio para afagar a tristeza da meninada e foi aí que, semelhante a um mágico, tirei um coelho - não, não; digo eu tirei foi um Patinho da Cartola.


Em verdade, eu comprei o Patinho numa loja e o abriguei num pequeno viveiro que fiz no canto do muro, ao lado do box do chuveirão, onde hoje é um pequeno jardim, próximo ao portão da garagem.

Era um Patinho Amarelinho lindo, quem o via podia até achar que era um irmãozinho daqueles  que foram passear além da montanha para brincar e, mesmo com a mãe fazendo Quá quá quá quá, nunca voltaram de lá.

Acertei em cheio. Meu Patinho, tal como o Pé de Pano do Adriano, também fez grande sucesso com a meninada que não arredava pé do meu portão, mas, por outro lado, já começava a me trazer problemas para entrar e sair com o carro da garagem, dado o número de crianças que ali ficava.

Numa conversa, me comprometi a colocar o Patinho na praça, todos os sábados, para que as crianças pudessem brincar e admirar a linda avezinha. Para isso, precisei fazer uma parceria com o Menino que era o mais entusiasmado com o Patinho e não deixava a criançada ficar puxando o Pato prá e prá cá.

A medida que o tempo foi passando, o Patinho foi crescendo e meus problemas aumentando. Gabriel sempre tirava o Pato do cercadindo para assustar Raquel e ele cagavam a garagem toda. Até que um dia Daniel levou uma surra porque saiu do futebol na praça, pisou na merda do Pato e  entrou em casa sujando tudo.

O Menino e outras crianças mantinham plantões no portão esperando eu aparecer para colocar o cercadinho e o Pato pra fora, a fim que eles pudessem bricar. Eu acho até que o Pato gostava deles.

O carinho deles para com a ave era tão grande que, mesmo já estando em ponto de abate, eu não conseguia aceitar a idéia de matá-la para comer.


O Pato cresceu tanto que alguns amigos viviam me perguntando quando é que eu ia botar o Pato prá rolo. Teve um até disse que tinha uma ótima receita de Pato com laranja, outro dizia que Pato bom era na brasa, mas retruquei e disse que não ia matar o Pato.

Meu problema só aumentava. Eu não tinha mais como manter aquele Pato gigante em minha casa e resolvi compartilhar isso com as crianças, tendo o Menino manifestado o interesse em ficar com o Pato. Ele me disse que ia pedir ao avô para fazer um um cercado maior e quando eu quisesse ver o Pato poderia ir até lá.

Expliquei a situação em casa. As crianças choraram mas entenderam e não houve oposição, prinipalmente porque sabiam que ninguém melhor que aquele Menino e suas irmãs poderia cuidar tão bem do Patinho que,
à essa altura, já era um grande Pato.

Contrariando os amigos que queriam comer meu Pato, não tive como negar o pedido do Menino que nomeei como Padrinho do Pato, antes, porém, comentei o assunto com o avô dele que me disse já saber a intenção do neto e que já estava preparando o cercado para abrigar o Pato.

Voltei em casa em compania do Menino e mais uma três crianças, desmontei o cercado, peguei o Pato e entreguei junto com a tela do cercado para as crianças. O Menino colocou o Pato no colo e partiu em disparada, antes que eu me arrependesse.

Naquele dia, não se via mais as crianças na praça, estavam todas ao redor do Pato na casa na casa do Menino. Só no dia seguinte foi que eu vi o Menino e as outras crianças passeando na praça com o Pato amarrado numa cordinha.

Duas semana depois, ao chegar na Praça para um papo com os amigos, achei um clima meio estranho com as crianças que estavam muio tristes lá ao pé da goiabeira da d. Raimunda. Quando me aproximei, vi o Menino chorando e perguntei o que houve. Pior resposta eu não podia receber:

O Menino soluçando, apontou lá pra casa dele e chorando disse: 

"Oha lá tio. Tá vendo aquela fumaça lá? Sim, eu disse. Pois é tio, estão assando o nosso Pato na churrasqueira pra comer bebendo cerveja".

Confesso que meus olhos lacrimejaram, mas segurei a onda e saí de perto das crianças com uma grande tristeza e fui para casa.


Quando cheguei do outro lado da praça, os amigos que estavam sentados no banco (e que já sabiam do que ocorrera com o Pato que eles tanto insistiam pra eu colocar na panela com suco de laranja ou na churrasqueira) começaram a me zoar, dizendo bem feito.

Fiquei chateado com os que comiam o Pato e com os amigos que me zoavam. Entrei em casa e logo depois passou a chateação. Não
guardei qualquer mágua de ninguém, só fiquei triste pelas crianças. Graças a Deus, meu coração não tem espaço para guardar mágoas ou recentimentos.

Agora, tanto tempo depois, uma dúvida ficou em mim e até hoje não consegui perguntar ao Menino se ele ainda gosta de Pato e, se gosta, como ele prefere o Pato no cercado ou no  prato? 

Será que esse texto vai chegar ao Menino e ele vai me responder aqui? 

Vamos aguardar!

por Sergio Nunes.
em 13/06/23.