sábado, 19 de agosto de 2023

O Monoteísmo e o Deus-Pessoa dos Hebreus, dos Cristãos e dos Muçulmanos.

O Monoteísmo é uma corrente doutrinária que agrega, dentre as principais religiões, o Islamismo, o Judaísmo é o Cristianismo.

Essa corrente doutrinária admite a existência de uma só divindade. Reconhece um só Deus-Pessoa, aquele que reside no Céu, embora haja grande divergência entre essas três correntes religiosa.

Para os Muçulmanos, cujo Livro Sagrado é o Alcorão ou Corão, e a religião é o Islamismo, só Allah (em árabe) ou Alá (em português) é Deus único, todo Poderoso, Onipresente e Onisciente o único Profeta é Maomé. 


Para os Judeus, o Livro Sagrado é a Torá e a religião é o Judaísmo, e o Deus é Jeová, o Único, também conhecido como Javé, Iehovah, Iavé, Yahweh. Moisés é o Profeta. Registre-se que a Torá ou Bíblia Hebraica composta dos 5 primeiros livros do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) que constam da Primeira Parte da Bíblia Cristã, ou seja, do Antigo Testamento.


Para os Cristãos, o Livro é a Bíblia Sagrada e a religião é o  Cristianismo em suas variadas vertentes (dentre elas os católicos e os protestantes). Seu Deus é a Santíssima Trindade  (Pai, Filho e Espírito Santo), e o fato de esse Deus ser representado por três Pessoas (como uma família em comunhão interpessoal) não significa que os Cristãos sejam Politeísta, eles são Monoteísta e João Batista é o maior Profeta.


Cabe salientar que a diferença entre a Bíblia Católica e a Protestante é o número de livros considerados canônicos. A católica tem 46 livros no Antigo Testamento e a protestante tem 39, já o Novo Testamento tem 27 livros.

É importante ressaltar que existe, dentre os Monoteísta a Monolatria, também conhecida como Enoteismo.

Essa corrente é a que admite a existência de mais de um Deus, mas sempre considera o seu Deus Superior aos outros. Vejam, por exemplo, o que se falam nas Igrejas sobre a Batalha entre o Bem é o Mal.

O próprio Abrahão, aconselhado por Deus, saiu de sua Terra Ur dos Caldeus na Mesopotâmia (atual Iraque) que era uma nação Politeísta onde existiam mais de três mil Deuses e partiu para Canaã (a Terra Prometida - área que compreendia Israel, Cisjordânia e Gaza, Jordânia e o sul da Síria e do Líbano) onde prevalecia o Monoteísmo.

Os Hebreus, no tempo de Moisés, nunca chegaram a idéia de um Deus Único para o mundo inteiro, pois sofriam alguns surtos de politeismo.


Conta-se que, além de Yahweh, os Israelitas cultuavam Baal, Asherad e outros Deuses que faziam parte da Mitologia de Canaã (há mais de dois mil anos antes de Cristo), como ocorreu enquanto Moisés se ausentou para receber as Tábuas dos Dez Mandamentos.

Diz-se, ainda, que foi com Moisés que o povo Hebreu voltou a admitir a existência de um Deus Único para Israel, o Deus dos Exércitos, hoje, inclusive, reverenciado pelos Cristãos.

O Monoteísmo nunca atingiu as alturas do verdadeiro Monismo. Todo Monoteísta é dualista, Isto é, admite a existência de um Deus transcedente, de um Deus-Pessoa residente em alguma região longínqua do Cosmo, com o qual o homem espera se encontrar depois da morte. Esse conceito do Encontro com um Deus num tempo futuro e num espaço Distante e comum a todos os Monoteístas.

A concepção Monoteísta-Dualista de Deus contagiou, desde o princípio, o Cristianismo Ocidental, o que é prefeitamente compreensível, uma vez que os primeiros discipulos de Jesus vinham do Judaísmo e até hoje o Cristianismo teológico do ocidente não se libertou totalmente dessa herança.

Nessa categoria Monoteísta também se incluem algumas religiões de origem afro brasileira, como é o caso do Candomblé e da Umbanda que analisaremos no tema Sincretismo Relifioso. 

Fiquem ligados!

por Sergio A. Nunes
em.    /8/23.

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